quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Diferenças entre câncer infantil e adulto.


  O índice de cura do câncer infantil situa-se em torno de 70% dos casos. Algumas doenças têm índices superiores a 90% e em outros tipos mais graves, felizmente a minoria, o índice fica em torno de 20%.
As causas do câncer, na maioria das vezes, não podem ser identificadas. Diferente do câncer no adulto, o câncer infantil têm poucos fatores de risco conhecidos. Sabe-se por exemplo que no adulto, o tabagismo aumenta a incidência de câncer de pulmão.
Na criança existem poucos fatores de risco conhecidos associados a tumores. Em alguns tipos há uma associação com infecções por vírus e outros podem estar ligado a uma predisposição familiar.
Todavia a maioria dos casos de câncer na infância não tem causa conhecida Provavelmente vários componentes estão associados ao aparecimento do tumor , como predisposição genética,  infecções, exposição a fatores externos como alimentação e outros. Algumas crianças podem nascer com a doença.
Por causa disto, não se fala em prevenção do câncer infantil e sim em diagnóstico precoce para que o tratamento seja iniciado o mais breve possível.
 
  Nosso corpo é composto por vários órgãos e tecidos, sendo que cada um deles tem uma função determinada e especializada. Esta especialização acontece durante a vida intra-uterina, quando as células começam a se dividir e dar origem ao coração, pulmão, fígado, rins, músculo, etc.
As células são pequenas unidades que compõem o tecido. Algumas tem um ciclo de vida determinado e são substituídas por outras continuamente durante a vida, como por exemplo a pele. Outras células não têm esta capacidade de renovação, como a acontece com a maioria das células que compõem o sistema nervoso. Dentro das células há uma codificação que faz com que elas "saibam" quem são e o que devem fazer.
Algumas vezes estas células ficam doentes. Neste caso ou morrem ou são destruídas pelo sistema imune. Eventualmente algumas células podem adoecer e começar a se multiplicar de maneira rápida e desordenada, prejudicando as estruturas que estão em torno dela.
Quando as células crescem de maneira anormal, mas não perdem a identidade e função, temos o genericamente chamado tumor benigno. Dependendo de onde cresce este tumor , as conseqüências podem ser drásticas. Quando tumores comprometem áreas nobres do cérebro os esmos podem ser potencialmente graves. Quando as células além do aumento anormal em número, perdem sua identidade e função temos o chamado tumor maligno. Este tipo de tumor é capaz de produzir metástases, ou seja, espalhar-se para outras partes do corpo. Alguns tumores dão origem a metástases no pulmão o que acaba por comprometer o funcionamento deste órgão. Outros podem originar metástases no fígado, cérebro, osso, entre outros órgãos.
Resumidamende, o câncer ou tumor malligno, é uma doença onde as células do próprio indivíduo , perdem sua identidade e função e passam a crescer rapidamente, comprometendo as estruturas vizinhas e distantes, e "roubando" energia do restante do organismo. Sendo assim, ele não é uma doença transmissível e não há como "pegar" câncer de uma outra pessoa.

Tumor e exemplos deste.

 Tumor é uma palavra relativa que usamos para nos referirmos a uma neoplasma, que é um aumento exagerado do tecido. A neoplasia (tumor) pode ser maligna ou benigna. Ela se origina a partir de uma célula imperfeita que vão se reproduzindo e dando origem a outras células iguais a ela, e assim faz com que o tumor cresça.

O tumor maligno começa em um órgão e se espalha para os outros, já o tumor benigno, não tem como se espalhar, pois as células ficam dentro de uma membrana que impede a sua saída. Existem tratamentos hoje como a radioterapia, a quimioterapia, a cirurgia e a imunoterapia. 


A quimioterapia são remédios que podem ser tomados via oral, ou pela veia, a radioterapia é quando as células cancerígenas são destruidas por uma radiação, cirurgica, e quando se retira prarte do órgão atingido e a imonoterapia, é quando o enfermo é estimulado artificialmente para que ele produza anticorpos. 


Os tumores malignos são os mais perigosos, podendo levar a pessoa a morte, os mais comuns são: pulmão, próstata, pele, colo do útero, mama. 


Tumor no pulmão:
Ele se expandi muito rápido, a maioria de casos dessa doença não é confirmada até que vá para o pulmão.

Tumor na próstata:
Este tumor é muito comum em homens com mais de 50 anos, ele se desenvolve quando as células da próstata sobre uma multiplicação incontrolável, se espalhando para o corpo todo.

Tumor na pele:
É comum aparecer esse tumor nas mãos, no pescoço, e no rosto, ele aparece quando pessoa fica por muito tempo exposta ao sol, principalmente quando essa exposição chega a causar queimaduras e bolhas.

Tumor no colo do útero:
Essa doença é mais comum ocorrer em mulheres acima de 50 anos, alguns sintomas dessa doença são: o sangramento vaginal, menstruações mais longas, dores durante as relações sexuais e dor pélvica. Por isso as mulheres nessa faixa de idade, deve-se submeter todo ano a um exame chamado papanicolaou, pois somente esse exame é capaz de diagnosticar a doença.

Tumor na mama:
Este tumor é formado por várias células que ficam desorganizadas, existem alguns tratamentos para essa doença, porém dependendo do estado da doença, em alguns casos é necessário fazer uma cirurgia, para a retirada da mama. 

Reparo Tecidual parte 2

 O reparo tecidual pode ocorrer de duas formas: por cicatrização, no qual uma marca fica na área atingida; ou por regeneração, na qual o tecido lesado retoma as características iniciais e originais do tecido.
Durante a fase proliferativa do Reparo, células dos tecidos e vasos ao redor da lesão migram atraídas por agentes quimiotácteis e proliferam no seu interior.
Os componentes da matriz extracelular mediam interações célula-matriz (por exemplo, adesão) e funções (como migração celular), desempenhando um papel critico no processo de reparo tecidual.
Diversos fatores de crescimentos e citocinas (liberadas por plaquetas ativadas, leucócitos e diversas outras células do tecido lesado) modulam importante funções celulares como migração, diferenciação e proliferação, ajudando a regular o reparo.
Durante a fase de remodelamento, células degradam o tecido de granulação da ferida e o substituem com um tecido que difere do de granulação quanto a estrutura e composição, mas mais parecido com o tecido original.
O reparo ao redor de implantes e materiais em adultos pode levar a uma resposta tipo corpo estranho e resulta na formação de um tecido fibroso que encapsula os implantes.
É importante enfatizar que problemas que impeçam ou atrasem o processo de reparo podem causar sérias complicações clínicas impondo a necessidade de remover o implante.

Reparo Tecidual e suas fases.

 O Reparo é uma resposta natural do corpo à injuria e envolve uma sequencia de eventos altamente independentes que se sobrepõe no tempo. O reparo de um tecido pode ser dividido em três fases, sendo elas a INFLAMATÓRIA, A PROLIFERATIVA E A REPARADORA.
- Fase Inflamatória: também chamada de exsudativa ou defensiva, caracteriza-se pelo processo inflamatório local com a presença de sinais típicos (dor, calor, rubor e edema, podendo alcançar a perda da função local). Se inicia no momento que ocorre a agressão ao tecido e se prolonga por um período de até 7 dias. Objetiva preparar o local para o novo tecido que crescerá.
- Fase Proliferativa: também chamada de reconstrutiva ou fibroblástica, pode se estender por 3 semanas e é caracterizada pela mitose celular. A reconstituição da matriz extracelular e o desenvolvimento do tecido de granulação ocorre devido à deposição de colágeno, fibronectina e devido a outros componentes.
  -Fase Reparadora: também chamada de fase de maturação ou de remodelação, possui início próximo da terceira semana da agressão e seu término pode passar 12 meses. É caracterizada pelas transformações que ocorrem no tecido de cicatrização, sendo estas devido à diminuição progressiva da vascularização e da quantidade de fibroblastos e a reorientação das fibras de colágeno. Nesta fase, a cicatrização torna-se mais plana e macia e podem ocorrer defeitos na cicatrização, como quelóides, cicatrizes hipertróficas e hipercromias.

Cicatrização e classificação

 Cicatrização é o nome dado ao processo de reparo, o qual se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo fibroso, em que o tecido preexistente fica substituído por cicatriz fibrosa. Para muitos, o processo de cicatrização é considerado um seguimento do processo inflamatório que provocou perda de substância. Realmente, na inflamação, o reparo se faz presente desde a fase aguda. O reparo também ocorre após perda de tecido por infarto, hemorragias, por ressecção cirúrgica, etc. O processo de cicatrização ocorre em quatro fases importantes: * 1. Limpeza – Logo após o ferimento, os tecidos lesados liberam mediadores químicos da inflamação. Surge um processo inflamatório agudo e o exsudato fibrinoso na superfície, em contato com o ar fica ressecado, formando uma crosta, que auxilia a conter a hemorragia e a proteger o ferimento de contaminações externas. Enquanto houver inflamação ativa o processo de cicatrização não se completa. * 2. Retração – Reduz de 50% a 70% o tamanho do ferimento. Tem início dois a três dias após a indução do ferimento. Este fenômeno é resultado da ação dos miofibroblastos. Se a ação dos miofibroblastos se fizer de maneira exagerada surgem contraturas. Estas são muito comumente vistas nas cicatrizações após queimaduras extensas. * 3. Tecido de Granulação – É a parte mais característica do processo de cicatrização. Representa o novo tecido que cresce para preencher o defeito. O processo de angiogênese é dos mais importantes e parece ser basicamente o mesmo, tanto para formação do tecido de granulação, como, por exemplo, para criar um novo estroma pra células neoplásicas. * A angiogênese é o processo pelo qual células endoteliais secretam proteases que degradam a matriz extracelular, depois migram nos espaços perivasculares, proliferam e se alinham para formar novos vasos. * Durante o processo de angiogênese as células endoteliais são digeridas por moléculas que fazem interação célula-célula e matriz-célula. As células endoteliais se agrupam e fazem protrusão por entre os fragmentos das membranas basais, a princípio formando fileiras sólidas de células. Nestes brotamentos sólidos, as células endoteliais começam a apresentar vacúolos citoplasmáticos que se fusionam a princípio entre si e logo com os de células vizinhas, dando origem à nova luz vascular. Os sinais ou fatores responsáveis pela angiogênese derivam de vários tipos celulares. * Fatores por macrófagos (fator de angiogênese derivado de macrófago), mastócitos (heparina), plaquetas (fator de crescimento derivado de plaquetas, fator de transformação do crescimento, beta) e fibroblastos (fator de crescimento do fibroblasto) têm todos, efeito positivo sobre a angiogênese. Eles conferem um aspecto granuloso avermelhado à superfície (daí se origina o nome “tecido de granulação”) Os nervos entram no novo tecido tardiamente. Por isso, o tecido de granulação não dói, embora sangre ao menor contato. Entre os capilares aparecem muitos fibroblastos, pericitos, miofibroblastos e macrófagos. A matriz extracelular vai-se densificando com o passar dos dias, adquirindo cada vez mais fibras colágenas. Estas formam a princípio um padrão frouxo, mas pouco a pouco as fibras se dispõem em feixes paralelos, compactos, enquanto os vasos sanguíneos vão se tornando menos proeminentes e desaparecem. Assim, o tecido de granulação acaba dado lugar a uma cicatriz fibrosa, dura, esbranquiçada e retraída. * 4. Reepitelização – O crescimento do epitélio nas bordas da ferida se faz precocemente, sendo que as células epiteliais apresentam mitoses e começam a se intrometer por debaixo da crosta. A reepitelização é o acontecimento terminal no processo de reparo. Quando o tecido conjuntivo acaba de preencher o defeito, resta apenas pequena porção da superfície do ferimento ainda descoberta. Com o arremate final, rapidamente as células epiteliais crescem e restabelecem a continuidade do revestimento. * A princípio, a camada epitelial de revestimento é muito fina e deixa ver por transparência o tecido conjuntivo avermelhado, que vai se tornando mais denso com o passar do tempo, o epitélio vai se tornando mais espesso. * O processo é basicamente o mesmo para qualquer circunstância. Quanto menor a perda de substância, mais rápido e simples será o reparo. Nas feridas cirúrgicas, o ideal é aproximar o bastante as bordas com o auxílio de suturas, fazendo a aposição das mesmas quase sem deixar solução de continuidade. Quando isso acontece, o reparo se faz com um mínimo de produção de tecido conjuntivo, praticamente sem deixar cicatriz. Diz-se então que houve uma cicatrização por primeira intenção. Quando o reparo se faz com produção mais evidente de tecido de granulação usa-se o termo cicatrização por segunda intenção.

Cicatrização

A cicatriz é o resultado de uma lesão da derme, geralmente em consequência de um acidente ou de uma incisãocirurgia. efetuada durante uma
A cicatriz se forma depois de um tempo após o corte; se o corte for de pequenas dimensões, a cicatriz dura poucos dias; se for grave, porém, a cicatriz pode durar a vida inteira.
A cicatrização alivia a dor do corte, pois a pele se fecha novamente e só fica a marca do machucado.
Uma cicatrização pode se formar mais rápido se a pessoa se alimenta bem e pratica esportes (desportos).